By As eleições municipais de 2024 em Dourados prometem ser extremamente competitivas, seguindo o padrão dos pleitos anteriores de 2012 e 2020, onde os vencedores conquistaram a prefeitura com margens de apenas três pontos percentuais. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Correio do Estado, a disputa se concentra entre o atual prefeito Alan Guedes (PP) e o ex-deputado estadual Marçal Filho (PSDB).
Embora haja outros cinco candidatos na corrida — Tiago Botelho (PT), Racib Harb (Novo), Bela Barros (PDT), Beto Teles (Rede) e Valderi Garcia (PCO) — as análises indicam que a disputa se restringe a Guedes e Marçal. Isso se deve ao fato de Dourados ter menos de 200 mil eleitores, o que impossibilita a realização de um segundo turno.
Com base no Censo 2022, Dourados possui 260.640 habitantes, mas, segundo o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS), o número de eleitores é de 163.229. Portanto, o município ainda precisa de 36.771 eleitores para atingir a marca de 200 mil, o que torna a eleição um pleito de turno único, com o novo prefeito sendo definido no dia 6 de outubro.
Marçal Filho, o radialista tucano, é considerado o favorito inicial, possuindo uma vantagem sobre Alan Guedes. No entanto, especialistas preveem que essa diferença pode diminuir até a data da votação, resultando em uma disputa acirrada, com margens de três a cinco pontos percentuais.
Alan Guedes, de 38 anos, é natural de Dourados e busca a reeleição após ser eleito em 2020. Ele é casado e pai de um filho. Formado em Direito e Relações Internacionais, Guedes já foi vereador e presidente da Câmara Municipal. Seu apoio vem da senadora Tereza Cristina (PP), que, apesar de sua influência, não conseguiu garantir o respaldo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Por outro lado, Marçal Filho, de 61 anos, também é natural de Dourados e tem uma longa trajetória política, incluindo mandatos como vereador e deputado federal. Ele retornou ao PSDB para concorrer à prefeitura, contando com o apoio de Jair Bolsonaro, o que fortalece sua posição entre os eleitores.
Historicamente, as eleições em Dourados têm sido marcadas por margens estreitas. Em 2016, Délia Godoy Razuk venceu com 39,82% dos votos, apenas 2,86% à frente de Geraldo Resende. Em 2020, Alan Guedes foi eleito com 33,09%, superando Barbosinha por uma diferença de 2,5%. A expectativa é que a eleição deste ano siga essa tendência de acirramento.
