Política

Justiça suspende posse de Lívio Leite na Câmara, suplente de vereador preso por corrupção

A posse do suplente de Claudinho Serra foi suspensa pelo juiz Atílio César de Oliveira Júnior, da 54ª Zona Eleitoral de Campo Grande. Lívio assumiria como vereador da capital nesta quinta-feira (16).

A Justiça Eleitoral suspendeu a posse de Lívio Leite (União Brasil), que assumiria como vereador de Campo Grande, nesta quinta-feira (16). Lívio é suplente de Claudinho Serra (PSDB), que pediu licença não remunerada do cargo por 120 dias, após ser preso em investigação sobre corrupção enquanto estava secretário de Sidrolândia (MS).

A decisão foi assinada pelo juiz Atílio César de Oliveira Júnior, da 54ª Zona Eleitoral de Campo Grande, em atendimento a outro suplente, Giancarlo Josetti Sandim. Conhecido como Gian Sandim (PSDB), ele recorreu da decisão do presidente da Câmara, Carlos Augusto Borges, o “Carlão” (PSB), que convocou Lívio.

Na decisão, o juiz pontou que não é competência da Justiça Eleitoral julgar o mérito da ação e remeteu o caso para a Justiça Estadual. Em paralelo, entretanto, o magistrado também decidiu suspender a posse de Lívio até nova deliberação de juiz competente, sobre a reclamação de Sandim.

Nas eleições municipais de 2020, Dr. Lívio Leite ficou como terceiro suplente do PSDB, com 2.772 votos. O parlamentar já havia ocupado o cargo de vereador no mandato de 2017 a 2020, quando elegeu-se com 4.518 votos.

“O suplente do vereador afastado Claudinho Serra (PSDB), Dr. Lívio Leite (União), informa que foi adiada sua posse por força de um mandado de segurança endereçado ao presidente da Câmara, vereador Carlão. Dr. Livio, que é pré-candidato, afirma que agora aguarda o julgamento do mérito dessa liminar”, disse a assessoria do suplente, em nota.

mbora tenha apontado não ser competência da Justiça Eleitoral julgar o assunto, o juiz entendeu que poderia conceder a liminar diante da urgência e do prejuízo que poderia ocorrer se Lívio tomasse posse, como determinou a Mesa Diretora da Câmara.

Agora, pela decisão, o caso será encaminhado para processamento na Justiça Estadual.

Rombo de R$ 15 milhões e prisão
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) e do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC), prendeu Claudinho no dia 3 de abril.

A prisão foi realizada em operação que apura o envolvimento do político em esquema de corrupção na prefeitura de Sidrolândia (MS). A investigação identificou o rombo de R$ 15 milhões aos cofres públicos, à época que o político era secretário na prefeitura de Sidrolândia.

O parlamentar atuou entre abril e dezembro de 2021 como diretor-presidente da Fundação Municipal de Esportes (Funesp) de Campo Grande. Depois, assumiu a Secretaria Municipal de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia. Claudinho Serra é genro da prefeita do município, Vanda Camilo (PP).

Segundo o Ministério Público, essa nova fase da Tromper confirmou a existência de uma organização criminosa voltada a fraudes em licitações e contratos administrativos com a Prefeitura Municipal de Sidrolândia, bem como o pagamento de propina a agentes públicos municipais.

Ainda segundo a investigação, foi identificada uma nova ramificação da organização criminosa, atuante no ramo de engenharia e pavimentação asfáltica.

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