Conforme a enfermeira Nathalia Belletato, o saneamento básico é um dos pilares fundamentais para a promoção da saúde pública e a garantia de qualidade de vida para a população. Ele abrange serviços essenciais como abastecimento de água potável, coleta e tratamento de esgoto, manejo de resíduos sólidos e controle de enchentes. Apesar de sua importância, milhões de pessoas em todo o mundo ainda vivem sem acesso a esses serviços, o que impacta diretamente a saúde e o bem-estar das comunidades.
Como o saneamento básico impacta a saúde pública?
O saneamento básico é essencial para prevenir doenças de veiculação hídrica, como diarreia, cólera, hepatite A e febre tifoide. Quando a água consumida pela população não é tratada ou o esgoto não é coletado e descartado de forma adequada, cria-se um ambiente propício para a proliferação de microrganismos patogênicos. Isso resulta em surtos de doenças que podem ser evitados com medidas simples de saneamento.
Além disso, a falta de saneamento básico afeta diretamente a saúde infantil. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a diarreia causada por água contaminada é uma das principais causas de morte entre crianças menores de cinco anos. De acordo com Nathalia Belletato, investir em saneamento básico é, portanto, uma forma eficaz de reduzir a mortalidade infantil e melhorar os indicadores de saúde pública.
Quais são os desafios para a universalização do saneamento básico?
Um dos maiores desafios para a universalização do saneamento básico é a desigualdade social e regional. Em muitas áreas rurais e periferias urbanas, o acesso a serviços de saneamento é limitado ou inexistente. Essa desigualdade reflete a falta de investimentos em infraestrutura e políticas públicas voltadas para as populações mais vulneráveis.
Outro desafio é a conscientização da população sobre a importância do saneamento. Muitas vezes, a falta de conhecimento sobre os riscos associados à ausência de saneamento básico dificulta a mobilização social e a cobrança por melhorias. Campanhas educativas e programas de engajamento comunitário são fundamentais para superar esse obstáculo, pontua Nathalia Belletato.
Qual é o papel do governo na promoção do saneamento básico?
O governo tem um papel central na promoção do saneamento básico, pois é responsável por planejar, financiar e implementar políticas públicas que garantam o acesso universal a esses serviços. Isso inclui a construção de estações de tratamento de água e esgoto, a ampliação da rede de abastecimento e a criação de programas de manejo de resíduos sólidos.
Além disso, segundo a enfermeira Nathalia Belletato, o governo deve fiscalizar as empresas responsáveis pela prestação desses serviços, garantindo que eles sejam realizados de forma eficiente e com qualidade. A criação de marcos regulatórios, como o Novo Marco Legal do Saneamento no Brasil, é um exemplo de como políticas públicas podem impulsionar investimentos e melhorar a cobertura de saneamento básico no país.
Como o saneamento básico contribui para o desenvolvimento sustentável?
O saneamento básico é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), pois está diretamente relacionado à saúde, educação, igualdade de gênero e preservação ambiental. Quando comunidades têm acesso à água potável e esgoto tratado, há uma redução significativa no absenteísmo escolar e no impacto das doenças sobre a produtividade econômica.
Além disso, o saneamento básico contribui para a preservação dos recursos naturais. O tratamento adequado do esgoto evita a contaminação de rios, lagos e solos, protegendo a biodiversidade e garantindo a disponibilidade de água para as futuras gerações. Assim, investir em saneamento básico é investir em um futuro mais saudável e sustentável.
O saneamento básico é um direito humano fundamental e uma condição indispensável para a promoção da saúde pública. Sua ausência não apenas compromete a qualidade de vida das pessoas, mas também sobrecarrega os sistemas de saúde e agrava as desigualdades sociais. De acordo com Nathalia Belletato, para garantir um futuro mais justo e sustentável, é essencial que governos, empresas e a sociedade civil unam esforços para universalizar o acesso a esses serviços. Afinal, saneamento básico é sinônimo de saúde, dignidade e desenvolvimento.